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O ponto principal desse artigo é o abstrato significado da arte

A questão de o que é arte tem existido como uma pulga atrás da orelha da sociedade há anos. 

Há aqueles que não se importam, e aqueles que buscam por uma resposta. Faz-se então necessário, enquanto abrindo um debate sobre artes, olharmos para os vários pontos e aspectos encontrados dentro da arte. Como já disse alguém há algum tempo, que hoje em dia já se tornou senso comum, podemos dividir as artes em alguns tipos; Música, pintura, coreografia, escultura, arquitetura, literatura, ou seja, som, cor, movimento, volume, espaço vazio e palavra.

Entramos agora em um ponto do debate mais puxado para significados de palavras e compreensões, afinal, se estamos nos comunicando para responder a pergunta, precisamos encontrar a ligação entre as definições da linguagem e a arte.

Arte; Substantivo feminino. Habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional. Disse minha pesquisa de menos de dois minutos no Google.

Mas não é para discutir sobre signos e significados que proponho minha palavra.

E sim para discutir sobre o valor da arte e aonde nos perdemos na ideia de que é necessário regras para criar. Atente-se também que provavelmente farei uma critica sobre a influência do capitalismo, do consumismo e da norma-padrão.

Destruição é criação, se lhe vale de algo, provavelmente pode-se lembrar de vários filmes já assistidos e talvez esquecidos que trazem essa ideia.

Destruição e criação andam, de fato, lado a lado, porque se estamos criando, estamos destruindo. Enquanto respiramos, pensamos, e agimos como seres humanos enfiados em uma sociedade, estamos nos movimentando, olhando no sentido mais abstrato de existência, estamos criando sem parar desde o momento que nascemos, afinal, nosso nascimento fora uma criação de terceiros.

Se considerarmos que a arte é a criação em sua forma pura, de expressão da existência, consideramos que arte é o resultado de uma coleção de informações, experiências e práticas. E quem pode colocar regras na experiência dos outros? Se é experiência, já aconteceu, não tem como ou porque um terceiro tentar evitar. E também não tem um como ou porque um terceiro tentar evitar que essa pessoa expresse seu passado.

Existem regras nas artes, existem métodos que podem ser usados para aprender e para produzir, como por exemplo, a maneira “correta” de se segurar um pincel e pincelar uma tela, ou a maneira “correta” de tocar uma corda de um violão. Mas, isso significa que a pessoa que não segue essas maneiras, porém, continua tentando e trabalhando em uma forma própria de produzir, não está criando arte?

É um fato de que quando você produz algo que se encaixa nas formas “corretas” esse algo terá uma chance maior de ser visto como arte, de ser visto como algo válido para a sociedade, que aqueles com dinheiro olharão para as formas “corretas” e chamar de elegante e clássico, porém devemos continuar produzindo de uma maneira padrão para que os donos do mundo possam degustar (sem entender completamente) a nossa experiência?

Desde quando arte foi feita para vender e não para compreender?

Bom, desde sempre. Mas não importa mais, se vivemos em um mundo aonde os artistas não precisam mais viver em prol da burguesia, por que não abraçamos essa ideia e fazemos a nossa arte, com a nossa experiência, do nosso jeito?